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Cap. 175

— Você está maluco? – pergunta Lucretia, apertando o médico pelo colarinho.

— Ele concordou. – engasga o médico, tentando se explicar.

A dona do cabaré olha para Joachim e Hanna que confirmam.

Ainda não convencida de que aquilo esteja certo, ela continua apertando o pescoço do médico e avisa: — Tome muito cuidado com ele. Não faça bobagem. E esteja sóbrio.

William: — Tentarei cumprir pelo menos duas das recomendações.

Tendo o corpo do médico próximo ao seu, Lucretia estranha algo e pergunta: — Você está armado?

William, um tanto embaraçado: — Agora estou.

Os olhos dela quase saltam das órbitas. O médico é arremessado na perede.

— Sua sorte é que precisamos de você inteiro para cuidar de Joachim e Wayne. – diz Lucretia, tentando se controlar. — Não fosse isso, eu...

William, com cara de satisfação: — Não por isso, quando terminar, a senhora pode pegar os pedaços que quiser. Sei que estarão em boas mãos.

Ele pisca, ela engasga, desacostumada a ser o alvo da provocação, e o médico indaga: — Quanto à bacia que pedi...?

Lucretia, ainda atordoada: — Tem uma na delegacia. Dei para Wayne se lavar, então, deve estar limpa e sem ter nunca sido usada.

William: — Ótimo. Não querendo abusar de sua gentileza, poderia pedir que Solomon me acompanhasse para ajudar a trazer tudo o que precisarei.

Lucretia: — Solomon foi a New Heaven fazer compras para mim. Posse pedir uma das meninas.

Hanna: — Pedirei para minha irmã ir com o senhor.

William: — Ótimo. Não será nada pesado para ela carregar, e só por não dar para encaixar tudo nos braços de uma pessoa só.

O médico se despede: — Verei como está nosso estimado xerife e, em seguida, aguardarei sua irmã lá fora.

Antes de sair, deixa um último recado: — E, Dona Lucretia, devo pernoitar aqui novamente, por precaução médica, evidentemente. Então, se quiser apertar meu pescoço um pouco mais...

O médico sai e Lucretia fica olhando para a porta vazia, sem saber o que responder. Agora ela sabe como o xerife se sente.
 

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